Monday, August 15, 2016

Mais uma poesia de Giovanna Marmo


Una medusa

Giovanna Marmo

Le strade si svuotano, le tane sono piene
di lucertole, ragni e bisce. Una medusa
scura pulsa nel cielo, la stoffa che tiene
l’universo si spezzerà.
Costellazioni di sedie, divani logorati
dal tempo. Gli oggetti risaltano nel vuoto,
disegnano atlanti immaginari.
Non riesco a leggere i segni. Che qualcuno
mi spieghi, mi riconduca a una forma.
Temo di non sapere chi sia il carnefice.
E la vittima poi, ci sta?
Baciatemi presto,
sto lottando contro il crepuscolo.
Posso resistere fino a quando la luce nella casa
di fronte si accende. Non c’è tempo,
baciatemi.

UMA ÁGUA-VIVA

As ruas estão vazias, os buracos estão cheios
de lagartos, aranhas e cobras. Uma água-viva
escura pulsa no céu, o tecido que mantém
o universo se esgarça.
Constelações de cadeiras, sofás usados
pelo tempo. Os objetos se destacam num vácuo,
desenho de atlas imaginários.
Não consigoo ler os sinais. Qualquer um
me explique, me leve de volta a uma forma.
Temo não saber quem é o agressor.
E, em seguida, a vítima, não é?
Beije-me rápido,
estou lutando contra o anoitecer.
Posso resistir até quando a luz na casa
da frente se acender. Não há tempo,
me beije.


Ilustração pixabay.com 

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