Thursday, January 14, 2016

Um poema de Julia Otxoa


CÓMO ME DUELES, MUJER DE NYLON Y ESCAPARATE

Julia Otxoa

Cómo me dueles, mujer de nylon y escaparate,
de belleza en siete días,
y norte deshabitado,

Mujer colonizada y rota,
sin huella de alas sobre el tiempo,

Cómo maldigo esa tela de araña
que decidió tus puntos cardinales.

Como me machucas, mulher de nylon e mostruário

Como me machucas, mulher de nylon e de mostruário
de beleza em sete dias,
e norte desabitado,

Mulher infantil e sem vertebras,
sem nenhum vestígio de asas sobre o tempo,

Como maldigo esta teia de aranha
que decidiu teus pontos cardinais.  


Ilustração: pt.aliexpress.com

No comments: