Monday, December 14, 2015

Uma poesia de Andrea Cote Botero

                                                             SI SUPIERAS

Andrea Cote Botero

que el río no es de agua
y no trae barcos
ni maderos,
sólo pequeñas algas
crecidas en el pecho
de hombres dormidos.

Si supieras que ese río corre
y que es como nosotros,
o como todo lo que tarde o temprano
tiene que hundirse en la tierra.

Tú no sabes,
pero yo alguna vez lo he visto
hace parte de las cosas
que cuando se están yendo
parece que se quedan.

Se soubesses

que o rio não é de água
e não traz barcos
ou madeiras,
apenas pequenas algas
crescidas no peito
de homens dormidos.

Se soubesses que este rio corre
e que é como nós somos,
ou como tudo que, cedo ou tarde,
tem que se fundir à terra.

Tu não sabes,
porém,  eu alguma vez já o vi
fazer parte das coisas
que, quando se estão vendo
Parece que permanecem.


Ilustração: www.forumespirita.net

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