Thursday, December 06, 2012

Ramón de volta




Del amor de cada día

Ramón de Garcíasol

Es posible que se haya dicho todo
y que hayamos nacido tal vez tarde.
Mas esta gloria que en mis venas arde,
nadie -¡nadie!- la vive de este modo.

Todo es posible. Todo ha sido en nombre:
todo. Pero este beso tuyo y mío,
esta luz, esta flor, este rocío,
son nuestros nada más, mujer y hombre.

Mujer y hombre únicos, primeros,
-tú y yo, yo y tú- con nombres y apellidos
que no se han de dar más en criatura.

Empezamos la Historia, verdaderos
primer hombre y mujer reconocidos,
proclamando el amor y su aventura.


Do amor de cada dia

É possível que se haja dito tudo  
e que tenhamos nascido, talvez, tarde.
Mas, esta glória que, em minhas veias, arde
ninguém- ninguém -! a vive deste modo.  

Tudo é possível. Tudo tem sido em nome:
tudo. Porém, este beijo teu e meu,
esta luz, esta flor, este orvalho,
são nossos, nada mais, mulher e homem.

Mulher e homem únicos, primeiros,
-tu e eu, eu e tu, com nomes e apelidos
que não se hão de dar mais em criaturas.

Começamos a História, verdadeiros
primeiro homem e mulher reconhecidos,
proclamando o amor e sua aventura.




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