Wednesday, January 05, 2011

Sobre um poema de Jiménez...


Uma bela ousadia de Jefferson Bessa

abrem-se as cores do corpo
aberto para mim, para quem o vê.
de súbito, acordo eternamente
à verdade de quem deve abrir-se
não sou eu, nem nós, nem ninguém
porque se quero desfolhar alguém
vejo qualquer coisa inexistente.

nem como rosa, nem como cravo
hoje nada arrancarei de sua pele
não perderei, nem perderá um pelo.
sentará frente a mim de corpo nu
e aos meus olhos, sim, libertará
a minha visão já esquecida de mim
para só olhar e olhar um corpo vivo

1 comment:

Jefferson Bessa said...

Silvio,
fico muito grato por ter postado o poema no seu blog. Vou postar no meu também.
Acompanho-o sempre!
Grande abraço.