Saturday, September 16, 2006

AINDA A POESIA DE PABLO NERUDA

Juegas todos os días (Poema XIV)

Juegas todos los dias con la luz del universo.
Sutil visitadora, llegas em la flor y en el agua.
Eres más que esta blanca cabecita que aprieto
Como um racimo entre mis manos cada día.

A nadie te pareces desde que yo te amo.
Déjame tenderte entre guirnaldas amarillas.
Quien escribe tu nombre com letras de humo entre las estrellas del sur?
Ah dejame recordarte como eras entonce cuando aún no existias.

De pronto el vento aúlla y golpea mi ventana cerrada.
El cielo es uma red cuajada de peces sombrios.
Aqui vienen a dar todos los vientos, todos.
Se desviste la lluvia.

Pasan huyendo los pájaros.
El viento.El viento.
Yo puedo luchar contra la fuerza de los hombres.
El temporal arremolina hojas oscuras
Y suelta todas las barcas que a noche amarraron al cielo.

Tú estás aqui. Ah tu no huyes
Tú ,e responderás hasta el último grito.
Ovíllate a mi lado como si tuvieras miedo.
Sin embargo alguna vez corrió una sombra extraña por tus ojos.

Ahora, ahora también, pequena, me traes madreselvas,
Y tienes hasta los senos perfumados.
Mientras el viento triste galopa matando mariposas
Yo te amo, y mi alegria muerde tu boca de ciruela.

Cuanto te habra dolido acostumbrarte a mi,
A mi alma sola y selvaje, a mi nombre que todos ahuyentan.
Hemos visto arder tantas vezes el lucero besándonos los ojos
Y sobre nuestras cabezas destrocerse los crepúsculos en abanicos girantes.
Mis palabras llovieron sobre ti acariciándote.
Amé desde hace tiempo tu cuerpo nácar soleado.
Hasta te creo dueña del universo.
Te traeré de las montañas flores alegres, copihues,
Avellanas oscuras, y cestas silvestres de besos.

Quiero hacer contigo
Lo que la primavera hace com los cerezos.


Jogas todos os dias (Poema XIV)

Jogas todos os dias com a luz do universo.
Visitadora Sutil, chegas com a flor e a água.
És mais do que a pequena cabeça branca que aperto
Como uma raiz em minhas mãos a cada dia.

Com ninguém te pareces desde que te amo.
Deixa-me prender-te entre as flores amarelas das guirlandas.
Quem escreve teu nome com letras de fumaça entre as estrelas do sul?
Ah! Deixa-me recordar como eras antes quando ainda não existias.

De repente o vento uiva e golpeia minha janela fechada.
O céu é uma rede coalhada de peixes sombrios.
Aqui vêm dar todos os ventos, todos.
Te despes da chuva.

Os pássaros passam fugindo.
O vento. O vento.
Eu posso lutar contra a força dos homens.
O temporal arremessa folhas escuras
E solta todos os barcos que à noite foram amarrados ao céu.

Tu estais aqui. E tu não foges
Responderás até o último grito.
Agasalha-te a meu lado como se tivesses medo.
Sem embargo, alguma vez, uma sombra estranha correu por teus olhos.

Agora, agora também, pequena, me trazes madressilvas,
E tens até os seios perfumados.
E embora o vento triste galope matando borboletas
Eu te amo, e minha alegria morde tua boca de ciriguela.

Por mais que seja doído se acostumar a mim,
A minha alma só e selvagem, a meu nome que todos afugentam.
Nós já vimos tantas vezes arder nossos olhos com os beijos das luzes
e sobre nossas cabeças sucederem-se crepúsculos como gigantescos abanos.
Minhas palavras chovem sobre ti como carícias.
Amo há muito tempo teu corpo dourado de sol.
Até te creio dona do universo.
Eu te trarei das montanhas flores alegres, florzinhas,
Avelãs escuras, e cestas selvagens de beijos.

Eu quero fazer contigo
O que a primavera faz com as cerejas.

Foto: www.unicamp.br

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