Wednesday, May 10, 2006

DOIS POEMAS PARAGUAIOS

RECONOCE LA MASCARA
Esteban Cabañas

La palabra es la casa del ser.
HEIDEGUER

Reconoce la máscara
al hundir su boca
en esa oscuridad
sin palabras
que el ser no tiene casa
sino tan sólo la mueca
ese recuerdo del hastío
huella de alguna vez
de un viento de ironía
de algún beso
de algún verano que pasó la tarde
rumiando su historia entre los árboles.
Pero esa boca
de pena se desgaja
de lugar en lugar
buscando el sitio
de su casa perfecta.
La maldición es vasta:
también se sabe
condenada a la búsqueda.

RECONHECE A MÁSCARA

Reconhece a máscara
ao fundir sua boca
na obscuridade
sem palavras
que o ser não tem a casa
mas somente o rosto
essa memória do fastio,
das pegadas, às vezes,
de um vento de ironia
de algum beijo
de algum verão que aconteceu tão tarde
murmurando sua historia entre as árvores.
Porém essa boca
na dor se desgasta
de lugar em lugar
procurando o local
para a casa perfeita.
A maldição é vasta:
também se sabe
condenada à busca.

SOMBRA DE TIGRE...

Sombra de tigre y de sabueso
rostro de tirano
el dedo que detiene la tormenta
se enreda y adelgaza
para formar un filo:
el puñal que asegure
tu corazón furtivo
sobre el propio estandarte
de un sueño despeñado.

SOMBRA DO TIGRE...

Sombra do tigre e do cão de caça
Rosto de tirano
o dedo que detém a tempestade
se enrola e se adelgaça
para dar forma a uma borda:
o punhal que assegura
teu coração furtivo
para brandir o estandarte
de um sonho do despedaçado.

1 comment:

Carlos Maia said...

B R A V O!!!!! B R A V Í S S I M O!!!!!

MUITO BOM!!!!

Gostaria de sugerir uma parceria com os senhores:

Colocar o blog de vocês na minha lista de blogs e em troca vocês colocam o meu blog na sua lista de blogs.

O link é: memoriadaspedras.blogspot.com

Aguardo resposta,

Parabéns mais uma vez!!!

Peço permissão para postar estes dois poemas no meu (nosso) blog.

Grato,

Carlos Maia.