Friday, December 30, 2005

SEM IMPORTUNAR, POR FAVOR


Tentei,
Sem sucesso,
Controlar minha vida.
Acabei assim
Vivendo um terço,
Uma metade,
Quem sabe...

Sei
Que do meu destino
Não sei eu.
Talvez meu corpo,
Que esconde surpresas
Nem sempre agradáveis,
Ou outro, inesperado,
Que me assalta,
Em qualquer parte,
E se torna senhor
Da minha vida.

Infelizmente
Sou tão frágil
Que um simples dedo
Ou uma lâmina qualquer
Me torna uma vaga lembrança.

Muito mais cruel,
Porém é quem,
Igual a ela,
Com beijos e carinhos desmedidos
Me deixou vivo
E sem sentido.

Por favor,
Quem quiser doravante
Seja rápido:
Mate-me sem carinhos, beijos,
Perguntas ou desculpas.

1 comment:

Saramar said...

Silvio, boa noite
Sabe querido,
vivendo entre poetas, como vivo (virtualmente) e tentando inutilmente escrever algo importante e belo, ao menos um poema que valha realmente a pena, venho aqui, todos os dias, como que tentando me levar por seus poemas e chegar onde pretendo.
Mas, poesia não se aprende assim, perdida nessas suas palavras suaves e poderosas.
Cada um dos seus poemas que leio é um mundo.